Pintando de vermelho como sangue fresco
A minha mente torna-se um fundo poço que ecoa:
Desejo, desconheço, receio
As raízes daquilo que anseio aprofundam-se em olhos escuros
Voltam como grandes sombras que devoram-me de dentro para fora
Decifro de pouco em pouco mas ainda renascem e criam-se novos enigmas
E tudo que eu temo desejar me extrapola
Hoje a Lua cheia retorna com a sua majestosa luz
Escondendo num triz sua face obscura
Mas não preciso vê-la para senti-la
Quero suas duas faces, sua completa loucura
Hoje é o dia em que enterro uma parte de mim
Não quero flores, despedidas ou lágrimas
Quero conquistar esses campos, colher os morangos e saborear o sangue
O que persistirá no fim?
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